quarta-feira, 3 de agosto de 2022

INFLAÇÃO

 

INFLAÇÃO FAZ SETE EM CADA DEZ

 BRASILEIROS CORTAREM ITENS NO

 MERCADO

72% deixaram de comprar cortes bovinos considerados de primeira, e 28% interromperam as compras de carne de segunda



alta dos preços fez com que sete em cada dez brasileiros mudassem de hábitos e cortassem itens da lista de compras. Pesquisa Ipec encomendada pelo C6 Bank mostra que 72% dos brasileiros das classes ABC com acesso à internet deixaram de colocar algum produto no carrinho do supermercado nos últimos seis meses.

A inflação foi a razão apontada por 82% dos entrevistados para o baixo consumo. Apesar de a prévia do índice de julho, de 0,13%, divulgada na terça-feira (26), ser a menor desde 2020, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), a taxa acumulada no ano, entre janeiro e julho de 2022, de 5,79%, é a segunda maior desde 2004, quando teve início o cálculo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Deixaram de comprar cortes de carne bovina considerados de primeira 72%, enquanto 28% não levam nem carne de segunda. Além disso, 15% dos entrevistados não colocam mais no carrinho carne suína, de frango ou peixe, e 26% deixaram de levar para casa carnes processadas como linguiça e salsicha.

Segundo a pesquisa, 46% dos entrevistados que cortaram gastos por causa da inflação estão comendo carne bovina menos de uma vez por semana. Apenas 7% desses brasileiros consomem bovina de cinco a sete vezes por semana, 38% incluem o produto nas refeições de uma a quatro vezes por semana, e 9% das pessoas ouvidas não comem nunca o produto.

A escalada dos valores fez com que consumidores tirassem do carrinho produtos como muçarela (54%), iogurte (44%), leite (37%) e óleo de soja (18%).

A pesquisa ouviu 2.000 brasileiros com mais de 16 anos em todas as regiões do país entre os dias 14 e 20 de julho de 2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais.


R7

ECONOMIA

 

NOTA DE R$10 PERDE 25% DO VALOR EM 

CINCO ANOS


Em cinco anos, a nota de R$ 10 perdeu um quarto do seu valor. Hoje, o que é possível comprar com essa cédula poderia ser adquirido por R$ 7,50 em 2017. A perda do valor da moeda pode ser diretamente sentida dentro dos supermercados. No período, a cesta básica teve uma variação de 74,28%, percentual superior ao registrado pelo IPCA (Índice de Preços Amplo ao Consumidor) de 33,60%.

Os cálculos feitos pelo matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho mostram uma aceleração da inflação nos últimos cinco anos. “O aumento foi desproporcional. Nesse tempo, os preços dos itens de alimentação subiram em proporção muito maior”, analisa.

OS PREÇOS ANTES E DEPOIS

O feijão carioquinha (1 kg), tipo mais barato, custa hoje no supermercado R$ 7,99. No mesmo mês em 1994 ele custava R$ 1,11 e, em 2017, R$ 6,17.

O preço do leite saltou para R$ 6,79 em 2022. Há cinco anos, esse produto podia ser levado pelo consumidor por R$ 3,82. Já há 28 anos, custava R$ 0,53.

A farinha de trigo, que hoje custa R$ 5,99, era comprada por R$ 3,13, em 2017, e por R$ 0,55, em 1994.

O pão francês é outro produto que subiu bastante desde o Plano Real. A unidade sai por cerca de R$ 1 em 2022, e cinco anos atrás, o preço era R$ 0,56. Já há 28 anos custava menos de 10 centavos.

O café (250g), que era comprado por R$ 1,88 em 1994, subiu para R$ 5,60 em 2017. Cinco anos depois, o valor do produto passou para R$ 10,49.


O preço do óleo de soja hoje é de R$ 9,99, mas o produto já pôde ser comprado por R$ 0,94 há 28 anos. Enquanto, cinco anos atrás, ele era adquirido nos supermercados por R$ 3,47.

O açúcar custava apenas R$ 0,74 em 1994 e R$ 2,87 em 2017. Hoje, o mesmo produto é vendido por R$ 4,19.

Os alimentos têm um peso grande na inflação , outros produtos também pesam, mas a cesta básica aumentou bastante, o que mostra como a inflação afetou a população de baixa renda. O detalhe importante a ser observado é que os produtos de alimentação subiram numa proporção muito maior que a inflação”, completa Dutra.

R7

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